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19/07/2015

Metempsicose e Reencarnação




A metempsicose distingue-se da reencarnação pelo facto de mencionar que, após a morte, o homem possa reencarnar num corpo humano, animal ou vegetal. Os Espíritos ensinam-nos que o Espírito não pode retroceder e que a metempsicose é falsa se entendermos por tal palavra, a transmigração do homem no animal e reciprocamente. Pode-se todavia supor que a alma que hoje anima o homem tenha podido progredir pela sequência animal ou mesmo vegetal, onde teria adquirido desenvolvimento e que teria transformado a sua natureza. Sabemos que, sobre o globo, a vida aparece primeiramente sob os mais simples, os mais elementares aspetos, para se elevar, por uma progressão constante, de forma e na forma, de espécie em espécie, até o tipo humano, coroando a criação terrestre. Gradualmente, os organismos desenvolvem-se, apuram-se e a sensibilidade cresce. Lentamente, a vida desembaraça-se das restrições da matéria e o instinto cego dá lugar à inteligência e à razão.
Essa escala de evolução progressiva, cujos degraus mais baixos mergulham em abismos tenebrosos, será que cada alma a teria percorrido? Será que antes de adquirir a consciência e a liberdade, antes de possuir em plenitude a sua vontade, teve de animar organismos rudimentares, revestir as formas inferiores da vida? O estudo do caráter humano, ainda marcado de bestialidade, assim nos levaria a crê-lo.
O sentimento de absoluta justiça diz-nos que o animal, assim como o homem, não deve viver e sofrer em troca de nada. Uma cadeia ascendente e contínua parece religar todas as criações, o mineral ao vegetal, o vegetal ao animal, e este ao homem. Ela pode religá-los duplamente, ao material como ao espiritual. Estas duas formas de evolução seriam paralelas e solidárias, a vida não sendo mais do que uma manifestação do espírito.
De qualquer forma que tenha sido, a alma, chegada ao estado humano, e tendo adquirido a consciência, não pode mais retroceder.

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