Artigos Recentes

25/11/2009

As Lei Naturais do Bem e do Mal são as mesmas

Um Centro Espírita é um local, essencialmente destinado a desenvolver actividades espirituais as quais devem ser exclusivamente para ajuda ao próximo e o próximo, tanto é o espírito encarnado como desencarnado. Por essa razão, todos os trabalhos espirituais que lá se realizam têm de ser de completo desinteresse dos bens materiais e sempre, mas mesmo sempre, por amor ao próximo.
Uma reunião prática de Espiritismo é constituída por vários elementos: Espíritos encarnados e Espíritos desencarnados, além de ainda se contar com certos valores abstractos, tais como: sentimentos, intenções, conhecimentos, entre outros, de todos os presentes. A reunião é orientada por leis espirituais imutáveis, que são as leis naturais. As boas intenções dos presentes, cria uma sintonia vibratória que atrai os bons Espíritos.
A capacidade mediúnica e a força psíquica dos encarnados, aumentam muito a sua influência espiritual. As emanações fluídicas benéficas e as acções para fazer o bem, podem ser feitas no local ou à distância. Por último, sabemos que a pessoa que recebe a acção desses trabalhos é beneficiada de acordo com a sintonia que tenha com eles, ou seja, as suas condições morais. É isto, em resumo, a reunião prática de Espiritismo de ajuda ao próximo.
Todo o trabalho que é feito por encarnados com mediunidade, sem formação espiritual, os chamados comerciantes da mediunidade, acabam na maioria das vezes, por executar trabalhos sem o mínimo de respeito pelo próximo. Todos estes trabalhos são regidos pelas mesmas leis com que são feitas as reuniões espíritas. É de notar que tanto numa situação como noutra, o princípio é o mesmo. A única diferença está na postura moral negativa, que neste caso, atrai os maus espíritos.
No entanto, o principio de funcionamento que são utilizados nos trabalhos efectuados nos centros espíritas sob a orientação de Espíritos Superiores, são os mesmos que os tais comerciantes da mediunidade. E, não poderia ser diferente, pois no mundo invisível, tudo está sujeito a uma só Lei. Vejamos o que diz o, Codificador:
"O fluido perispiritual do encarnado é, pois, accionado pelo Espírito. Se, por sua vontade, o Espírito, por assim dizer, envia fluidos sobre outro indivíduo, os fluidos o penetram. Daí a acção magnética mais ou menos poderosa, conforme a vontade, mais ou menos boa, conforme sejam os fluidos de natureza melhor ou pior, mais ou menos vivificantes. Porque podem, por sua acção, penetrar nos órgãos e, em certos casos, restabelecer o estado normal. Sabe-se da importância da influência das qualidades morais do magnetizador. Aquilo que pode fazer um espírito encarnado enviar o seu próprio fluido sobre uma pessoa, pode, igualmente, fazê-lo um desencarnado, desde que tenha o mesmo fluido. Deste modo pode magnetizar e, sendo bom ou mau, a sua acção será benéfica ou maléfica" - (Allan Kardec, na Revista Espírita, número de 1862, Estudo sobre os possessos de Morzine).

Olhando o texto, pode-se facilmente deduzir que um Espírito encarnado pode, por sua vontade, lançar uma carga de fluidos doentios sobre uma pessoa e, se este magnetismo inferior encontrar sintonia no destino, a sua acção poderá ser maléfica. Kardec explica que um Espírito desencarnado também pode fazê-lo, com consequências iguais às do encarnado. Ora, os trabalhos feitos com um baixo magnetismo, não são mais do que trabalhos realizados por pessoas sem escrúpulos e Espíritos maus.
Os espíritos desencarnados envolvidos nestas práticas, são criaturas maléficas, maliciosas e primitivas. Estes seres nem sempre obedecem à doutrinação comum, pois não possuem inteligência e conhecimento suficientementes a ponto de compreenderem os princípios evangélicos. São agressivos e perigosos, e podem colocar em risco a segurança dos grupos.
"Quando Kardec perguntou a respeito de feitiços, a resposta dos Espíritos foi que eles gargalham e zombam de crendices e superstições".
O Codificador demonstra nos seus estudos que a movimentação de fluidos de natureza inferior e a evocação de maus Espíritos com o intuito de prejudicar alguém é perfeitamente possível. Na verdade, os Espíritos acharam graça daqueles que crêem em pretensos poderes mágicos e sobrenaturais inexplicáveis.
Para se libertar alguém que está a ser vítima deste mal, não é necessário o uso de nenhum objecto material, ou ritual. Mas, é necessário um preparo moral e intelectual mínimo.
Nos trabalhos de doutrinação, é preciso aceitar a existência desse tipo de malefício. Depois, adquirir gradualmente o conhecimento prático para lidar com ele. Ao nos colocarmos com a intenção de servir neste sector de atendimento, os Espíritos superiores, vão-se aproximar das nossas reuniões com a intenção de nos amparar no desempenho dessa tarefa.

Vamos tentar respeitar a ordem das coisas!

Ouvimos muitas vezes na comunicação social, e não só, utilizarem equivocadamente a expressão “Espiritismo”, para identificar práticas esquisitas, bruxarias, Cartomancia, Necromancia, Umbanda e outras práticas espiritualistas, quando na realidade não é.
O Espiritismo (ou Doutrina Espírita) é uma ciência filosófica de consequências morais. Como ciência experimental ela observou e observa os factos espíritas, como filosofia explica-os, tirando daí ilações morais para a vida do homem. Não sendo mais uma religião nem seita, o Espiritismo leva o homem a uma maior espiritualização, aproximando-o assim de Deus.
A palavra "Espiritismo" foi criada, ou inventada, como queiram, pelo Allan Kardec, exclusivamente, para denominar uma nova doutrina que foi trazida ao mundo, por iniciativa de Espíritos, e que tem os seus postulados próprios.
Portanto, qualquer crença ou prática religiosa que se utiliza da denominação "Espiritismo", que esteja fora dos seus postulados, está a utilizar indevidamente uma denominação, caindo no campo da fraude.